Se existe certeza do que esperar nesta vida, é a morte e um CoD todos os anos, e este ano não será diferente. A treyarch (CoD WaW, CoD BO e, quando ela não fazia só CoD, spiderman 2) anunciou seu mais novo Call of Duty para o mês de novembro de 2012: Black ops 2. O jogo se passará, pela primeira vez na série, no futuro, mas não tão distante, no ano de 2025 pra ser mais exato, em um tempo onde matar a distância através de equipamento bélico sofisticado é o que há?
"Mas porque black ops 2 no nome então, LanDi?" Você, jovem mancebo melequento me pergunta. Normalmente eu daria um chute na sua fuça, como fiz com o pai de Ryo Hazuki em Shenmue, mas como tenho um coração amanteigado com aroma de tutti-frutti vou te responder: A ligação entre black ops se passa através do personagem Frank Woods (sim, você que jogou até o final deve achar estranho). Ele será o responsável pela narrativa e, apesar de ser um senhor bem velhinho, ele será a ponte que ligará o jogo. Inclusive o jogo se passará em 2 vertentes, o ano de 2025 (80% do jogo) e outro no passado (data exata não revelada).
Devo admitir que foi ousado (nem tanto) da treyarch, sair da zona de conforto que o enredo de todo CoD se encontra (2ª guerra/guerra atual), mas a questão que eu quero que adentre na mente gamer tetuda de vocês é: É realmente necessário um CoD a cada ano? Sei que alguns já estão querendo me crucificar só em pensar em responder esta pergunta, mas acredito que seja um questionamento válido, pois mesmo os mais afoitos pela série é capaz de admitir que foram poucas mudanças inseridas na série desde o MW2, do ja longínquo ano de 2007.
O black ops deu um renovo a série pisando em um campo pouco explorado: a guerra fria, e incluiu coisas bacanas no multiplayer do game, como personalização de armas e roupas, alguns cenários com mecanismos acionáveis pelos players e etc, e ironicamente, o MW3, não levou para seu multiplayer as novidades introduzidas pelo seu irmão do ano anterior, o que causou um retrocesso para alguns.
Olhando por um ponto de vista financeiro, a activision não vê porque mudar, afinal de contas, o gasto é zero com uma engine nova (é a mesma desde 2007), e as vendas só aumentam, a cada novo CoD anunciado, é mais um record de vendas quebrado, e este não é diferente, já bateu o record de pre-order do MW3 lançado em 2011. CoD já se tornou um fenômeno cultural, é assunto falado em escolas, faculdade, trabalho e mesa de bar, tem pessoas que adquirem um console só por causa do tal do CoD tão falado pelos seus amigos e quem já tem o console, compra pra seguir adiante com seus amigos no "novo" jogo.
Mas se mudarmos um pouco a ótica pelo ponto de vista do consumidor, CoD está correndo um risco potencial de estagnar a marca mais do que nunca, é até paradoxal, mas as mesmas pessoas que compram todo CoD a cada ano, são as mesmas pessoas que criticam, e elas fazem coro com os inúmeros jogadores de youtube que tem pelas interwebz.
As vendas continuam subindo sim, mas existe uma diferença entre inflar e crescer, é só fazer o teste: olhe para a sua lista de amigos on line e veja quantas estão jogando atualmente MW3, agora lembre-se, quantas eram quando lançou o game? O argumento pode até ser "é normal, pois lançaram-se outros games legais também", mas novamente eu indago: Quanto tempo demorou para seus amigos largarem o osso do primeiro MW de 2007? e o MW2 de 2009? A realidade é que CoD está perdendo público sim, perdendo publico para "crescer", pois para "inflar" existe público de sobra, são aqueles colegas de trabalho/faculdade/escola que mencionei acima, e aquele publico raiz que compra a cada ano, mas se vê cada vez mais decepcionado com a falta de novidade.
Abre o olho activison, pois nesta mesma geração, tivemos um exemplo grande de como algo que "infla" pode decair rapidamente por causa de lançamentos excessivamente similares e em um curto espaço de tempo. Alguém sabe de qual estilo de jogo estou falando? Quem ainda tem uma guitarrinha de plástico guardada nos confins de sua casa, que levante a mão o/
Tomara que a activision exploda com o kotick dentro, pronto falei.