Resident Evil 4, o insuperável.

 Quem não se lembra quando RE4 foi anunciado? Na ocasião a Capcom chutou o rim de 99,99% dos fãs ao redor do globo quando anunciou o título com exclusividade para Game Cube. Sim, apenas meia dúzia de Nintendistas não proprietários do console mais vendido da história, o PS2, puderam milagrosamente comemorar uma exclusividade de um título não Nintendo. Eu que sempre acompanhei a série, fiz coro a maioria e gemi feito um cramunhão rolhado numa garrafa, tamanho o desapontamento. Felizmente o dinheiro falou mais alto, ou o contrato de exclusividade expirou, e a Capcom que sabia ser capitalista na época, lançou o título para meu console. Ah... jogar este game pela primeira vez foi uma das coisas mais épicas que meu coração gamer já presenciou... os Ganados e seus "Un Forastero!" ou o meu preferido "Detrás de ti Imbecil!" marcaram para sempre a história dos fãs e certamente dos novatos na série também........

         Mas o que eu não imaginava era que este seria o segundo jogo (GT2 foi o primeiro, talvez num outro post ele estrele) com o qual eu iria me aprofundar em sua mecânica, segredos, estratégias e até nos bugs de maneira surreal. Sim meus caros, eu zerei este game 18 vezes no PS2 (DEZOITO VEZES). Pra vocês terem uma noção, eu cheguei num ponto em que no nível Professional eu não tinha mais espaço para nada na maleta antes mesmo de chegar no castelo, rsrs. Era um vício desgraçado.

        
         Bom, vamos adiantar esta história alguns anos... Danette aqui com seu PS3, todo pilhado aguardando o lançamento de RE5 como se não houvesse amanhã. Comprei o game em pré-venda uns 15 dias antes do lançamento. Quando faltavam uns 2 dias para finalmente o que eu acreditava ser uma pérola gamística estar em minhas mãos, meu PS3 deu luz amarela (era apenas a fonte e o bixo tá firme e forte até hoje). Resultado: RE5 no colo e PS3 na assistência... e eu não recebia uma previsão de quando o console ficaria pronto.

 

         Me restou pegar o Dualshock 2 e jogar pela décima oitava e última vez o game no PS2 (enquanto paquerava a embalagem do RE5 na estante, LOL) à fim de sanar um pouquinho a vontade de debulhar a quinta versão no melhor console da atual geração.            

         Então num certo dia, 80 anos depois, meu console saiu da assistência e enfim pude jogar o dito cujo! Reações logo de cara: "UOW, que gráficos!" "Sheva, P*TA QUE PARIU, VÁ TOMAR NO RELHO!" "É só durante o dia?" "Esse sistema de upgrade e shop quebra o clima do jogo" "Ah, os cachorros continuam fodas!" "PORRA, SHEVA, PORRAAAAA!!!" "Já acabou?!" "Eu quase tive uma úlcera de tanta ansiedade por isso?! Capcom, por quê?"

         Terminei o game mais uma vez no modo single e outra com um amigo. E só. Fiquei carente de RE por um tempo... até que a Capcom resolveu relançar sua obra prima em HD, que obviamente é o game citado no título deste post. Baixei o game na PSN sem muita expectativa, afinal é um game que eu já tinha debulhado até o sabugo! Ah, ledo engano. Logo de cara notei um avanço muito, mas muuuito bem-vindo na parte gráfica. Depois notei que a dificuldade estava mais elevada em relação a versão PS2... e isso também foi mais do que bem-vindo! Juntando aqueles 18 lá de cima com mais algumas outras da versão HD, chegamos ao número de 26 vezes zerado. E contando.

         Não sei se é por causa da sua mecânica que possibilita uma estratégia espetacular de batalha, o clima,  o Mercador FODÃO ou a sensação de se ter em mãos um dos últimos títulos da Capcom em que sente-se claramente que o game está completo, DE VERDADE, só posso dizer que esse jogo não fica velho e não me canso de jogar essa desgraça! Alguém aqui acredita que se fosse hoje Separate Ways não seria um DLC vendido por módicos U$ 15,00? 


        RE6, estou de olho em você.